terça-feira, 2 de julho de 2013

A vida em Português gramatical!

Temos pontos de vida. Pontos que finalizam, que interrogam, exclamam, silenciam...
Que são a acção, a pausa e o silêncio num grito!
A vida, numa bela prosa do mistério poético das acções, transformando-se em epopeias líricas e peças dramáticas nas entrelinhas dos dias.
Tudo se baseia na acção. Nas acções de ponto final, nos diálogos carregados de silêncios.
Há tanto...
Vírgulas nas certezas.
Reticências nos passos que damos.
Pretéritos perfeitos, imperfeitos e mais-que perfeitos que nos tolhem a conjugação no presente e no futuro do indicativo, do hoje, do amanhã!
Está lá o tal condicional que nos tolhe os desejos num se...
Há sempre enumerações de um e dois pontos, acompanhado por uma vírgula ou a vírgula na sua pequena pausa isolada.
Restam-nos em tantos dias incompreensões catastroficamente baralhadas.
Há  tantos duplos significados. Passos mal conjugados. palavras mal escritas. Palavras mal interpretadas.
Há sempre a interrogação do achar com a exclamação do não receber.
Há sempre o singular e o plural e o plural que só faz sentido num singular colectivo.
Há o nome que se diz próprio, que se colectiviza.
Onomatopeias de irracionalidades e prazeres e a didascálias que nos faltam.
Há sempre a classificação do complemento, do determinante.
Há sempre a modalidade , a coordenação e a subordinação dos actos com o pensar.
Temos sempre que  delimitar o sujeito que predica algo e metafora ao mesmo tempo.
Temos sempre recursos , mais ou menos estilísticos, que nos figuram o estilo do ser.
Temos sempre um aditivo, um adversativo, uma negação.
Temos sempre palavras, vazias, cheias de razão.
Temos sempre a verdade que só nos escreve e fala com o coração!

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