sábado, 26 de janeiro de 2013

UFffffffffff....

Em paredes indiscretas vagueiam almas isoladamente pensativas
viajando no tactear de cada quadro de pintura oleada
onde imagens se imaculam,
aparecendo e desvanecendo no sopro da profundidade do seu branco caiado.
Paredes a quem nada se confessa e a quem tudo se desabafa.
Choros! Sorrisos! Imaginações! Sonhos!
Ah, tantas são as conversas olhos nos teus olhos, oh quatro paredes sagradas!
Sabem tanto de quem nada lhes conta.
São refúgio dos desamparados
Conforto para os agitados,
Ouvidos dos envergonhados.
Tanto sabem. Tanto amparam. Tantos segredos guardados.
Chateiam. Chateiam-nos.
Isolam-nos e entristecem-nos.
E desesperando e desesperando-nos, farto-me das quatro paredes do meu amparo.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

"Porque o nosso lema é agradar..." - 50 Sombras de Grey!



                Mr. Grey dominou muito do espírito literário de 2012 e promete continuar a fazê-lo em 2013 [quiçá também abale o mundo cinematográfico]. As suas Cinquenta Sombras assombraram o mundo das letras e fizeram adorar ou detestar a sua misteriosa história, que se tornou uma explosão no mundo literário.
                Uma triologia de um erótico romance, quase sem meios termos, onde a excitação, a entrega e o desejo são exponenciados ao pormenorizado relato daquilo que no fundo é uma história de amor e paixão com Anastasia Steel.
                Embalada pela crítica volumosa e controversa do”Vale muito a pena.” e do “Não percas tempo” [ que o espírito tuga de “Maria vai com as outras…” também me atinge] juntei-me à saga e li. Leitora empenhada e assídua sou de leitura rápida, por isso em 15 dias desfiz o mistério de cerca de 1700 páginas de Grey! [Check!]
                De leitura fácil e corriqueira, os três volumes das Cinquenta Sombras, "...as de Grey", "... as mais negras" e "...as Livre", são [não minha modesta opinião de leitora] best-seller mundial, traduzidas em mais de 30 línguas, não pela espectacularidade da sua escrita e do embelezamento da linguagem como qualquer Nóbel, mas pelo markting relacionado com os temas, sexo, paixão ardente, BDSM, explecitude e pormenor de cenas mais intimas. A forma de escrever de E. L. James foi simples, directa, básica até. É uma linguagem tão sem rendilhados que chega a todos e a qualquer um  e que faz “despachar” o livro num ápice. A tradução que li é fraca, erros ortográficos, gramaticais e até distracções do tradutor no tocante às personagens [mas nada que não se resolva com uma revisão da mesma].
                Da história temos o que todos já ouvimos dizer , sexo, sexo e depois sexo, dizem muitas das críticas do “Não vale a pena”. Eu encontro isso também [impossível não encontrar tal é a ocorrência do facto], no entanto, encontro mais. No princípio aquilo que parece apenas e só erotismo , BDSM, sexo agora, daqui a pouco e mais daqui a um bocadinho e mais logo é muito mais que isso. Ora vejamos:


“Um menino , filho de uma prostituta viciada em crack que era, tal como o seu filho, espancada pelo seu chulo, que a matou e abandonou morta junto a esta criança que a julgava adormecida.
                Órfão, é adoptado por uma médica carinhosa e afectuosa, das boas famílias da altura, que lhe dá, junto com o seu marido a vida e a família que nunca teve. Traumatizado por um passado não enterrado, não fala duramente dois anos, iniciando novamente a comunicação com a chegada da sua segunda irmã , ainda bebé (como ele o casal adoptou mais duas crianças). Começa a reagir e a interagir, no entanto fá-lo de uma forma revoltada e agressiva, como um jovem de boa e requintada educação, aprende piano, remo, esqui, mas revolta-se com a vida. É agressivo com os outros, sem amigos. Aos 15 anos volta a ser usado, desta vez como submisso de uma velha amiga da sua família. Com ela e com a sua posição, que na altura viu como uma tábua de salvação do mundo vadio, entra no mundo do BDSM e torna-se violento apenas entre quatro paredes. No mundo real vinca-se nos negócios, tornando-se um dos mais jovens e ricos empresários dos EUA , CEO de uma grande empresa, enquanto entre quatro paredes é dominador implacável, colecionando, após a sua própria obediência e submissão de quase uma década, um aglomerado de quinze submissas…
                No entanto, ao pensar coleccionar a sua 16ª depara-se com uma jovem frágil capaz de lhe desobedecer, de o enfrentar, de lhe dar luta  e de lhe abanar aquilo que tinha por certo e intransponível. 
                De criança abandonada a submisso.
                De dominador intransigente a pequenas abébias. 
                De mágoa ao amor.
                De BDSM a baunilha. 
                De egoísta a doação total. 
                De Rico a apaixonado. 
                De controlador a controlado.
                De solteiro a marido. 
                De isolado a pai de família.

Eis o que está nas entrelinhas das 50 SOMBRAS DE CHRISTIAN GREY!"

                Li, voltava a ler. Gostei e recomendo que leiam, porque também fiquei envolvida na história do “não percam o próximo episódio, porque nós também não…”.

                Agora atirar-me-ei com toda a força a um dos clássicos, “Ana Karenina” de Leo Tolstoi!


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Benvindo!



12 passas; 12 desejos; cueca azul; pé direito; subir a uma cadeira; notas na mão; tachos, fogo de artifício; "tchim tchim" e voilá:

:::FELIZ 2013:::