segunda-feira, 24 de novembro de 2014

...

"Pega-me na mão e diz-me que vai tudo correr bem. Olha-me nos olhos e sorri. Dá-me um beijo e conforta-me. Faz-me um afago e acalma-me. Abraça-me e diz que ficas comigo para sempre. Que vais tomar sempre conta de mim. Que sabes que eu estarei sempre ao teu lado da mesma forma. Que nada existe que nos faça deixar de gostar um do outro.

Promete-me ficar e eu prometo-te não me ausentar.
Toma conta de mim. Que eu tomo conta de ti." (Rita Leston)

Todos os dias da minha vida. Tudo que tenho e sou e um bocadinho mais que vou descobrindo que consigo. Com falhas? Muitas. Com erros? Claro. Mas com tudo!!! 

Longe? É aí que tenho o melhor lugar?

(Porquê?)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Queria. Não sou. Vem. Não te vás.



"Prefiro calar...

Quando escuto uma mentira, prefiro não comentar...
Dói ?
Sim.
Mas acredito que vai doer mais a quem a disse, a quem a espalhou e tenta enganar a todos...quando na verdade se está a enganar a si próprio.
Prefiro calar...esperar...sem interferir até à verdade...
Sim...a verdade chega...mais cedo ou mais tarde...
Tropeça numa e noutra, e não consegue fugir, acaba por ser derrubado quem a falou...
Esta é a minha forma, escutar...não me manifestar e deixar que um dia o destino a deixe manifestar...

Prefiro Calar...não me pronunciar...
Não vai tardar, e a realidade vai a revelar...

(Ana Pôla)"



Ensinamentos supremos. Não! Não sou assim. Tenho a transparência na ponta da língua que vem ligada ao coração.Automático.

Se perco? Perco. 

Se dói? Imenso.
Acredito que a verdade vem. Sei que sim. Mais ainda quando está espellhada a casa palavra e gesto corrompido. Mas e se ela demora a chegar e quando cá estiver for tão tarde? Não quero deixar...

terça-feira, 22 de julho de 2014

Procurei-me...

Andava eu, na acalmia da cidade quente a vaguear,
perdida nos meus, (ultimamente tão) depressivos, pensamentos ...
que me agarram e me consomem a cada cruzar de direcção e me arrastam na luta do não querer segui-los...
E, assim sem contar, dei de caras com a minha própria imagem!!
Incrível como me esqueci, não me esquecendo, de mim,
não tão bela como gostava,
não tão louca como me pintam,
Mas tão só como nem pensas,
E tão tua como nem desejas....!
Por momentos, olhei ao fundo. Olhei-me! 
Encontrei a pequenez do meu Eu escondido e banal, que se tenta insurgir nesta luta.
Ao de leve fui puxando, lentamente, por mim,
ao de leve fui-me procurando, fui-me sentido remexida,
ao de leve... acabei por me encontrar!!!
Estranho Ser este em que interiormente me tornei...
Sem forças, resignada numa luta que já não é minha...
Derrotada...
Vendo assim  diria que me transfigurei, que nada se mantém, que já não mais me reconheço;
Mas ousei. Sabia que o reflexo só poderia estar distorcido na poluição dos dias, e procurei de novo,
mexi e remexi-me ....
e,surgi!
Ali estava eu,
tão sorridente como antes,
tão fogaz como antes,
tão tranquila como antes...
tão gostada como antes..
tão Eu mesma, como antes...
Subitamente .... Vi-me.... Subitamente... fui-me!!!!

Palavras...dos outros!

"Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém. Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede. Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açucares. Ou porque sim e não falamos mais nisto. Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.
Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante. E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar. Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira. Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu. Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha. O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?
Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.
Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste. Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós."

"Fernando Alvim"

segunda-feira, 21 de julho de 2014

O que vêem os meus olhos #16

Nos hábitos que, convém, se tornem vícios!!! Em modo superação...

...

"… não haverá mesmo homens decentes por aí espalhados ou é o nosso radar que está afinado para só captar cabrões trastes? É que, vamo'combinar (expressão brasileira que muito me apraz), nós temos uma tendenciazinha suicida no que toca a escolher homens. A ligeireza como que nos deixamos levar na cantiga do bandido é absolutamente impressionante. E repetimos, e repetimos e repetimos. E depois queixamo-nos, e queixamo-nos, e queixamo-nos. Não aprendemos à primeira, nem à segunda e, às vezes, nem à décima primeira. Apaixonamo-nos perdidamente por homens que, dizemos, nos dão luta. É a desculpa que damos a nós mesmas. Minhas amigas, vamos lá ver uma coisa. Um homem que faz com que olhemos para o ecrã do telemóvel 26 vezes por dia à espera que ele apite, um homem que tem sempre tempo para tudo menos para nós, um homem que não f*de nem sai de cima (ou, pior, que f*de e sai logo de cima), um homem que nunca sabe o que quer e tem mais variações de humor que uma mulher com TPM, ou um homem que foge do compromisso como o Diabo da cruz… não é um homem que dá luta. É UM HOMEM QUE SE ESTÁ NAS TINTAS PARA NÓS! Pronto, já disse, está dito, pode ser que soem campainhas por aí. Se um homem não nos faz sentir seguras e se não nos valoriza, então é porque é um traste.

Não é um coitadinho, não é um traumatizado, não é alguém que vive em sofrimento por não saber se nos quer ou não. Não lhes inventem desculpas, porque são apenas homens que não valem a pena. E o que é que nós fazemos perante este cenário? Pomo-nos a milhas? Enchemos o peito de orgulho e mandamo-los à fava? Vamos em busca de melhor? Nãaaaaaao, claro que não. Ficamos ali, a passar-lhes a mão pelo pêlo (apenas em sonhos, porque eles dificilmente deixam que alguém lhes passe a mão pelo pêlo), damos-lhe tempo (adoro isto), dizemos que estamos ali para o que der e vier, que ninguém os amará como nós os amamos, que ficaremos à espera o tempo que for preciso e blá blá blá. E enquanto esperamos eles vão fazendo a festa noutras camas. A coisa é simples, nós é que a complicamos. Se gostam ficam, esforçam-se, demonstram. Se não gostam estão-se nas tintas. Maaaaaaas, mas, mas, mas, não deixam de ir emitindo uns sinaizinhos de quando em vez, só para garantir que nós, as otárias, ainda ali estamos, prontas a correr ao mais pequeno chamamento. E nós corremos. Sempre. Até ao dia em que ele nos põe a andar de vez e lá ficamos afundadas em chocolates e Kleenex, a achar que o homem das nossas vidas nos escorregou das mãos. E lá chateamos as amigas, e lá lhes pedimos para analisarem cada palavra que ele nos disse, para ver se aquilo foi mesmo um ponto final ou se será só uma fase. Burrinhaaaaaaaaaaas!"

(APipocaMaisDoce)

sexta-feira, 18 de julho de 2014


Será? Temos de deixar de ser nós para nos darem o valor que nos têm?
Não é contra-natura transfigurar-nos, para saberem o que somos?
... ... ...

terça-feira, 8 de julho de 2014

Carta Aberta...

-Tu...
Sim, tu. Tu que tens a maldade ao lado da boca...
Sim. É contigo... Contigo que ao olhares irradias na retina,ódio e maldade. Tu que não conheces a palavra limites e ao invês conheces bem demais o umbigo que te nasceu ao nascer.
É difícil compreender. Compreender-te...Saber o que te move. O que te faz pensar que um qualquer fim justifica todo desprezível meio...
Como é que deitas a cabeça numa almofada cheirosa e limpa todas as noites se a mente é carregada de lixo? Não o organicamente quotidiano, mas o humano, o mais covarde e irreparável!
Como é que moves uma vida com dependentes, se o exemplo é o mais corruptível, o mais desumano, o mais repreensível...?
Como é que consegues acordar e colocar a máscara que à noite tem de cair? Sim, a máscara cai sempre, nem que seja na solidão de um quarto vazio de uma mulher amargurada.
É solidão? Talvez! Mas a solidão não pode levar à corruptível miséria humana.
Tu, com que forças te olhas a um espelho ao raiar da aurora se o que te corre na face é a antipatia e nas veias o veneno de querer saber: "Qual o mal que vou fazer hoje?"?
Tu que te dizes amiga quando em cada letra soletrada do discurso, carregas expressões da mais límpida hipocrisia, como consegues sujar o mais belo sentimento de todos e, mais, convencer que é verdadeiro?
Como é que dizes respeitar? Sim, como ousas dar uso à palavra respito, tão nobre e valiosa, se não lhe sabes o prático significado?´
Tu, que não medes uma acção nem olhas para o lado desde que focaste uma só meta, um só alvo, como é que consegues pisar e pisar, e magoar e voltar a magoar e depois espezinhar e re-espezinhar, não só a tua meta, como todos os que a rodeiam, os que a gostam, os que lhe pertencem?
Tu conseguiste conjugar todas as maquiavélicas acções que julgava intocáveis no ser humano. Conseguiste muito do que projectaste. Consegues . Mas um dia...Um dia tudo se clarifica...

sexta-feira, 2 de maio de 2014

A esperar que vire rotina!!!

E depois de com 9 a "velha senhora" ter ido, voltamos a Torino daqui a 15 dias para dançar uma sevilhana!!!
Só porque o BENFICA é muitáforte!!! 

terça-feira, 22 de abril de 2014

domingo, 6 de abril de 2014

(Sem título)

Trespassam-nos, em muitos momentos, fases avassaladoras que nos levam à epopeica felicidade ou, em contraste, ao tapete.
Porque é que dói? Porque é que custa? Porque é que vem a tristeza, quando precisamos de sorrir?
Porque é que o sono só nos falta quando precisamos dormir?
Porque é que as lágrimas nos caem, quando mais precisamos de sorrir?
Porque é que ninguém vem quando precisamos e todos estão ao mesmo tempo?
Porque é que nos sentimos vazios, quando mais precisamos que nos transbordassem?
Porque é que quando precisamos do sol é que ele se envergonha e nos presenteia com a chuva?
Porque é que quando precisamos de companhia nos sentimos sós?
Porque é que quando precisamos que nos amem, surgem as dúvidas?
Porque é que quando acreditamos, vêm as desilusões?
Porque é que quando precisamos de "fugir" vêm os obstáculos?
Porque é que quando precisamos de fazer diferente, não nos escolhem?
Porque é que quando precisamos que nos animem nos fogem?
Porque é que quando precisamos de dinheiro, empobrecemos?
Porque é que quando queremos ser felicidade, nos rotulam de infelicidades?
Porque é que quando precisamos de abraços, nos atiram pedras?
Porque é que quando o corpo pede uma dança, estamos sentados no sofá e não temos companhia?
Porque é que quando precisamos de mar ficamos em terra?
Porque é que precisamos de desejo, nos "atiram"  indiferença?
Porque é que quando precisamos de um copo, nos oferecem o sumo de pacote?
Porque é que a loucura de um beijo é trocada por um encosto na face?
Porque é que a companhia nos é trocada por qualquer pedaço de outra coisa?
Porque é que quando precisamos receber, oferecemos?
Porque é que só somos rotina?
Porque é que as voltas estão trocadas?
Porque é que é mau, prevalece a pureza do sim?
Porque é que a indiferença ganha ao amor?
Porquê? 
Porquê?
Porquê?

“De tanto ver crescer a INJUSTIÇA, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos MAUS, o homem chega a RIR-SE da honra, DESANIMAR_SE de justiça e TER VERGONHA de ser honesto”

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Estado(s) do tempo!

Há dias em que nos foge a especialidade, o encanto e o brilho pelo cinzento do céu.
Só pode ser por seu espelho e reflexo, tão turbo e enfadonho.
E aí?...
Aí precisamos de um sol que nos faça brilhar.
De um raio que nos cace, nos envolva, nos prenda e nos faça reflectir a sua luz.Que nos faça brilhar por lhe brilharmos.
Mas quando a neblina e o aguaceiro persiste, continuamos a reflectir no espelho da poça que nos molha!!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Descompressão de quem vive!

Fo%#-$%, a falsidade e a falta de escrúpulos.
Fo%#-$%, a mentira, o fingir ser o que não se é.
Fo%#-$%,o egoísmo, o mau carácter.
Fo%#-$%,o acordar a pensar no mal que se pode fazer hoje.
Fo%#-$%,a hipocrisia de quem quer destruir.
Fo%#-$%,as atitudes infantis e falta de maturidade.
Fo%#-$%,a inveja, o mover-se ao mal do outro.
Fo%#-$%,a cobardia, o atirar a pedra e depois esconder a mão.
Fo%#-$%,as pessoas que vivem proporcionalmente à maldade do fazer ao outro.
Fo%#-$%,a falta de sorte.
Fo%#-$%,os obstáculos no caminho, que muitas vezes nos fazem esmorecer.
Fo%#-$%,a loucura, que teimamos afastar, mas que teimam cultivar.
Fo%#-$%,a não realização dos sonhos.
Fo%#-$%,a crise.
Fo%#-$%,o ser boa pessoa.
Fo%#-$%,a falta de valores, de educação...
Fo%#-$%,o TPM e a menopausa.
Fo%#-$%,a falta de sanidade.
Fo%#-$%,as más acções.
Fo%#-$%,a falta de dinheiro.
Fo%#-$%,a riqueza.
Fo%#-$%,a mentira, a hipocrisia e a rafeirice.
Fo%#-$%,Fo%#-$%,Fo%#-$%!!!

Ler gritando e viver de seguida!



sábado, 29 de março de 2014

"Queria acordar com a tua voz a dizer-me ao ouvido tudo aquilo por que tenho esperado. Queria ouvir-te dizer-me a falta que te faço. Que também tu te encontras exactamente no mesmo ponto que eu: sozinho. Queria ouvir-te dizer o quanto me amas e precisas. O quanto, afinal, a ti não te bastas. A falta que te fazem as nossas conversas. Aquilo que precisas do meu abraço e colo. Aquilo que eu ainda te irrito e incomodo. Aquilo que te tiro do sério só porque existo. Que o nosso amor não é de hoje. Nem de ontem. Que é uma coisa que se instalou e não mais se ausentou.
Queria acordar e não ser um sonho. Acordar com a tua voz ao ouvido em vez de na minha consciência.
Acordar e ouvir-te. Aqui."

quarta-feira, 26 de março de 2014

Solidão solitária!

Só. 
Duas letras de um muito de emoções, sentimentos, pensamentos e vagas acções.
Uma pala simples e fraca.
Estar só é , muitas vezes, mais que a solidão do isolamento desejado ou indesejadamente sentido.
Estar só é interior. Estado de espírito. Condição momentânea do viver.
No transporte público que abarrota de rostos e correrias matinais de afazeres laborais, no centro comercial que emerge de mãos do poder consumista, no evento mas afamado e participado... em todo e qualquer lugar cheio, pode, está-se, muitas ocasiões somente só!
Na solidão que procuramos, na que queremos, na que rejeitamos, na que vivemos e na que sentimos.
Na solidão que balança, que vai na aurora da manhã e regressa  ao pôr-do-sol, como uma dança e naquela que vem, agarra, perdura e fica...
Na solidão dos braços que se foram, das angústias desabafadas mas desamparadas pelo carinho rasgado.
Na solidão que não dás para não receber. Na que recebes sem nunca dar e na do dar sem querer e mesmo assim, continuar a receber.
Tão só na janela de um quarto apagado e embalado pelo burburinho da rua. Tão só no meio da agitaçã da vida. Tão só num mundo louco, corrido e ocupado.
Tão acompanhados estamos e tão sós nos sentimos quando conseguimos. Tão sós no meio de uma multidão e apaixonados onde tudo pára e se respira a solidão de duas respirações. tão sós no eu que busca recantos de vida parado na berma de um rio que nos leva as memórias molhadas no rosto. Tão sós de felicidade, de contemplação a Ele num banco qualquer da Sua casa, olhos nos olhos no diálogo do silêncio. Tão sós na mensagem que vem e no telefonema que vai. Tão sós no sorriso rasgado e na imagem de alegria escancarada. Tão sós quando queremos e ousamos simplesmente ser companhia, ser vida!

sábado, 1 de março de 2014

Vem...

Vem sussurrante e de mansinho.
Vem e traz o que ele despedaçou.
Traz o aconchego de um beijo mais audaz, mais felino, mais apaixonante.
Carrega a beleza dos dias que ele roubou.
Abre a janela de rompante, fazendo esquecer as portas fechadas, cada dia de todos os poucos dias dele.
Vem! Vem e dissipa. Arrasa. Faz crescer.
Pinta de cor-de-rosa o cinzento triste e apagado que ele esboçou.
Renasce-me os dias. Renasce-me a alegria de ter. Reaproxima.
Tu. Traz também a leveza das flores que nascem, a frescura dos odores primaveris e a beleza do sol e coloca-os no caminho que ele trilhou de obscuridade de acções.
Entra de rompante e sê a nova marca e o novo rosto, recolorindo a pintura que ele forjou e voltou a forjar.
Traz o sol à chuva que ele trouxe. Traz o sorriso e corrompe as lágrimas que ele plantou.
Sê a paz para a  revolta agitada que ele criou.
Tão pequeno, tão demoníaco, tão cruel.
Em ti, tenho a esperança do renascer. Do avançar e da luz que brilha lá ao fundo do túnel, para se espelhar nos nossos sorrisos.
Tu. Tu és a âncora a que me agarro e porque suplico desde o meio dele.
Tu que és a simbologia da chegada, sê a simbologia do reencontro e do fim das trevas.
Tu, que tanto trazes para alegrar, todos os anos, traz mais um bocadinho, porque ele doeu demais. Porque ele também trouxe uma crueldade tamanha, quase impossível de suportar. Quase tão impossível de curar. Porque ele fez doer tanto e as minhas esperanças sempre estiveram postas em ti.
Vem Março e faz esquecer o que Fevereiro roubou.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Já traduzi um livro que nunca li!

"Camilo Castelo Branco encantou a nossa Literatura com este clássico "Amor de Perdição", que fez a sociedade portuguesa perder-se no amor e de amor.
Das suas sábias palavras muitos se apaixonaram, muitos fizeram hinos epopeicos de paixões avassaladoras e muitos foram amor ardente.
Hoje também por aqui há sentimentos assim, de perdição.
A perdição de um olhar mais doce, acompanhado do toque exponencial do puro carinho, o meu!
A perdição ardente de dois lábios que se tocam, na loucura de um beijo demorado, os nossos.
A perdição da palavra singela, doce e num sussurrado, com voz tenuamente forte , num ouvido aconchegado, a tua!
A perdição dos mais puros e marcantes sentimentos, que num brotar de coração falam da singeleza do ser.
A perdição do gostar, da adição do meu eu com o teu tu, num singular colectivo que me faz perder-me de amores. Perder-me por ti!

Com gostar de perdição..."

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Nunca diga “te amo” se não te interessa. Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem. Nunca toque numa vida se pretende romper um coração. Nunca olhe nos olhos de alguém se não quiser vê-lo se derramar em lágrimas por causa de ti. A coisa mais cruel que alguém pode fazer é permitir que alguém se apaixone por você quando você não pretende fazer o mesmo.

Mário Quintana

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

sábado, 8 de fevereiro de 2014

...

Para terminar os testemunhos desta semana, da vilã da novela da noite ao sábado à tarde:
"Mulher rejeitada pode ser capaz de tudo!"

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Tão vida. Tão amor.

"Nunca fui a mulher certa pra você. A gente não combina. Você gosta de rock, eu gosto de bossa nova. Você adora cerveja, eu gosto de vinho. Você é viciado em futebol, adoro torneios de tênis. Você gosta de sorvete, prefiro brigadeiro de panela. Você adora a praia e eu prefiro a serra. Você gosta de transar na pia da cozinha, eu prefiro fazer na cama arrumada. Você gosta de pasta de dente em creme, prefiro a pasta em gel. Você gosta de chá preto, eu prefiro chá branco. Você gosta da noite, eu prefiro o dia. Nunca ia dar certo. Nunca vai dar certo. Esquece tudo que eu disse. E vem."
Clarissa Corrêa

Foi.


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Relatos de um dia de uma desempregada.

[Ando em baixo. Triste. Com os nervos mais à flor da pele.
Quase tudo me incomoda, me aborrece.
Ando desmotivada de mim. Visto mil roupas antes de sair de casa. Olho para o espelho e sinto-me gorda, feia, sem interesse, (des)atraente.
Quero emagrecer e só me apetece comer. Quero fazer exercício só chove.
Quero dormir não consigo. Só tenho pesadelos.
Se estou em casa, farto-me. Se vou à cidade é sempre igual.
Sinto-me aborrecida, choro.
Mando Cv's, empenho-me. Personalizo cada um, ninguém responde.
Tento reinventar-me todos os dias e há dias que acho que já nem vale a pena.
(...)

Com a certeza de que cada amanhã seja um bocadinho melhor...]

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

E a desastrada continua...

E eis que nem 15 dias passados e a história (daqui) repete-se, eu do lado de fora e a chave para abrir o automóvel do lado de dentro que, para evitar maleitas do alheio, ficou fechadinho qual baú secreto.
Mas, repetida a dose e até os protagonistas ( a anterior boleia, ficou a pé também), desta vez muda o cenário: Bila Berde, 3h da madrugada e uma chuvosa noite invernal...
Força uma porta, depois outra. Verifica o porta bagagem, força-o com uma outra chave que puf, partiu. Altura de medir e apalpar os vidros de uma ponta a outra a ver se tinham ponta por onde se lhe pegassem. Nada. Olha para o carro e para a escuridão da noite. Soluções: partir um vidro vs ligar aos amigos para pedir um carro e fazer a viagem de busca da chave suplente.
Faz-se luz. Bombeiros que são sempre voluntários a meia dúzia de metros, fomos lá. Nada de chaves mestras ou coisas do género, só dois ajudantes na tentativa de arranjar solução.
Regressamos e voltamos, agora a 8 olhos, a inspeccionar o "ecoponto" com rodas e nada parecida dar, nem outras chaves, arames, cordas por entre as portas, como nos filmes de acção seguindo o crime do ladrão. Medida drástica: partir um dos vidros. Dos pequeninos para o frio e o prejuízo ser menor.
Ferramenta a postos, uma qualquer chave de fendas do carro de um dos ajudantes, e com toda a força esbarra no vidro que de duro e seguro não se moveu nem rachou. Tentativa dois e três e nada. Apenas barulho não muito apropriado para o avançar da hora.
Nova solução: o quebra vidros usado pelos bombeiros nas suas manobras de socorrismo e a coisa foi instantânea e silenciosa.
Vidro estalado, chave acalçada e plástico a embelezar o bóilede durante dois dias.
Moral da história: Vou de mal a pior. Interno-me já ou espero que a coisa piore? A dúvida que persiste!!!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Expressões que eu gosto #8

E, em tudo, há sempre os lobos em pele de cordeiro!
[Expressões que fazem cada vez mais sentido...]

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Desastrada do dia!

Cabeça no ar, aluada, distraída, esquecida... Tem dias que sou nada, tem outros que desce em mim toda uma característica e se aloja a ponto de não me largar, tem outros em que vêm aos pares, e para desgraça, minha e dos demais, tem mais uns quantos que é todo ao mólho.
Hoje foi dia!
Café no sítio e hora do costume e aquela velhinha sensação de sair do carro e pressentir que nos falta alguma coisa e que na hora sempre verificamos que não era nada e que mais tarde comprovamos que é sempre alguma coisa (nada de aprender, portanto...).
Assim foi. Regresso 5 minutinhos depois e eis que desapareceu a chave do pópó. Mexe na bolsa pa direita, ora vira tudo para a esquerda, ora tira tudo cá para fora. Nada. Já a bufar, os olhos batem na ignição do carro e lá está ela impávida e esquecida. Solução quando todas as portas estão fechadinhas não fossem roubar a chave: regressar a casa (relativamente perto para sorte e de boleia para compensar) arrancar a chave suplente e regressar para seguir a viajem, concluindo que isto está cada vez pior.
O que ajuda mesmo à distracção?
Concentração?. Ocupação? Prontos, estamos com tendência a piorar, "portantos"!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Porque tudo...

É madrugada.
Lá fora a acalmia serena que se interrompe a cada automóvel perdido.
Na escuridão paira o silêncio gelado dos amarelos alertas de uma noite de inverno.
Há, por entre as paredes silenciosas, a estranheza do barulho soluçar de dois olhos, que falam a um só coração.
Falam de entrega. Escorrem as lágrimas da doação total e plena.
Sufocam-se no sono que se espairece por pensamentos de preocupação, mais que egoísta, mais que singular, colectiva.
Entoam os gritos calados da razão, do estender a mão ao que reflecte o coração.
Ressurgem as memórias.
Crescem  fantasmas gratuitos dos obstáculos quotidianos. São vidas injustas. São linhas que se tentam cruzar, para emaranhar de nós sem sentido e sem solução a estrada que se trilha, a trabalho árduo por cada segundo, com mãos recheadas de afectos puros.
Torna-se na noite longa com ausência de palavras.
É a solidão solitária de um quarto apagado.
Porque tudo, na certeza que se tem, é simplesmente amor!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O coração futebolês também palpita!!!

De ontem. Com 11 "Eusébios" a dar 2 aos dragões!

De hoje. Com o melhor do mundo. O "moço" está um homem!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Na vida quotidiana, muitas vezes vemos, ouvimos, observamos e nada dizemos. É a arte de saber. É a obscuridade de descobrir. É a essência de esperar. É, ainda muitas vezes, a dor de sofrer.

domingo, 5 de janeiro de 2014

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A concretizar...

Ano novo é sinónimo de esperanças renovadas e de votos que queremos ver concretizados ao longo dos 365 dias que se iniciam e que muitas vezes esmorecem à primeira semana. Mas, como não custa tentar, aqui vai (assim ficam registados para daqui a um ano confirmar a concretização ou não):
-Ler mais;
-Escrever mais (por aqui);
-Passear mais;
-Ir a mais concertos;
-Avião;
-Um trabalho (assim porreiro pa caraças);
-Casamentos para desfrutar;
-Aumentar a dose de egoísmo;
-Correr mais;
-Emagrecer 7kg (dificíiiiiil);
-Tonificar;
-Fazer mais exercício;
-Dançar mais;
-Experimentar coisas novas;
-Ser mais audaz;
-Deixar as indecisões para trás;
-Empreender;
-Surpreender;
-Crescer;
-...
-...
-...
-Viver mais. Viver em pleno 2014!!!


A esperança renova-se, espera-se!