terça-feira, 8 de julho de 2014

Carta Aberta...

-Tu...
Sim, tu. Tu que tens a maldade ao lado da boca...
Sim. É contigo... Contigo que ao olhares irradias na retina,ódio e maldade. Tu que não conheces a palavra limites e ao invês conheces bem demais o umbigo que te nasceu ao nascer.
É difícil compreender. Compreender-te...Saber o que te move. O que te faz pensar que um qualquer fim justifica todo desprezível meio...
Como é que deitas a cabeça numa almofada cheirosa e limpa todas as noites se a mente é carregada de lixo? Não o organicamente quotidiano, mas o humano, o mais covarde e irreparável!
Como é que moves uma vida com dependentes, se o exemplo é o mais corruptível, o mais desumano, o mais repreensível...?
Como é que consegues acordar e colocar a máscara que à noite tem de cair? Sim, a máscara cai sempre, nem que seja na solidão de um quarto vazio de uma mulher amargurada.
É solidão? Talvez! Mas a solidão não pode levar à corruptível miséria humana.
Tu, com que forças te olhas a um espelho ao raiar da aurora se o que te corre na face é a antipatia e nas veias o veneno de querer saber: "Qual o mal que vou fazer hoje?"?
Tu que te dizes amiga quando em cada letra soletrada do discurso, carregas expressões da mais límpida hipocrisia, como consegues sujar o mais belo sentimento de todos e, mais, convencer que é verdadeiro?
Como é que dizes respeitar? Sim, como ousas dar uso à palavra respito, tão nobre e valiosa, se não lhe sabes o prático significado?´
Tu, que não medes uma acção nem olhas para o lado desde que focaste uma só meta, um só alvo, como é que consegues pisar e pisar, e magoar e voltar a magoar e depois espezinhar e re-espezinhar, não só a tua meta, como todos os que a rodeiam, os que a gostam, os que lhe pertencem?
Tu conseguiste conjugar todas as maquiavélicas acções que julgava intocáveis no ser humano. Conseguiste muito do que projectaste. Consegues . Mas um dia...Um dia tudo se clarifica...

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