sábado, 26 de janeiro de 2013

UFffffffffff....

Em paredes indiscretas vagueiam almas isoladamente pensativas
viajando no tactear de cada quadro de pintura oleada
onde imagens se imaculam,
aparecendo e desvanecendo no sopro da profundidade do seu branco caiado.
Paredes a quem nada se confessa e a quem tudo se desabafa.
Choros! Sorrisos! Imaginações! Sonhos!
Ah, tantas são as conversas olhos nos teus olhos, oh quatro paredes sagradas!
Sabem tanto de quem nada lhes conta.
São refúgio dos desamparados
Conforto para os agitados,
Ouvidos dos envergonhados.
Tanto sabem. Tanto amparam. Tantos segredos guardados.
Chateiam. Chateiam-nos.
Isolam-nos e entristecem-nos.
E desesperando e desesperando-nos, farto-me das quatro paredes do meu amparo.

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