domingo, 8 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher

Que mulher sou eu?

A mulher dos afectos sem retorno, do dar sem pensar no receber, da esperança de construir.
A mulher das lágrimas quotidianas que se escorrem pela madrugada, no branco de quatro paredes e se transforma no sorriso dos lábios de cada manhã.
A mulher das batalhas perdidas. Da falta de razão (racionalmente falando). Do dar a outra face, a outra  e a outra e acabar envolta num constante lavar de feridas.
A mulher do sofrimento, do meu, do teu, do outro. Que se importa.
A mulher das lutas , da batalha da vida,de alma de soldado, numa quezília quase interminável.
A mulher do bem traduzido em erros. Que erra. Que falha. Que mete os pés na poça.
A mulher preguiça, de algumas acções, de tantas atitudes, de inúmeras palavras.
A mulher que não conquista e que não é foco.
A mulher que perdoa.
A mulher das marcas do passado difícil.
A mulher que sofre.
A mulher que espera e que desespera.
A mulher solitária.
A mulher sem encanto.

....

Mas, afinal, que mulher sou eu?

A mulher que acredita no amor.
A mulher paciência.
A mulher esperança.
A mulher da leitura e da escrita, das palavras que nos entram na vida e que nos saem do coração.
A mulher da justiça. Que busca a razão, o motivo. Que compreende.
A mulher incompreendida, que se inquieta com o rumo quando não o encontra.
A mulher dos olhos que falam a cada instante.
A mulher das causas que dá o corpo e a alma pelo (e por quem) acredita. Que veste a camisola.
A mulher das leis.
A mulher da política em tons laranja e com foco nas pessoas.
A mulher águia, da chama imensa de 6 milhões.
A mulher da dança e da música em altos decibéis.
A mulher do sol.
A mulher do mar.
A mulher de Fé.
A mulher balança, embalada nos dois pratos e nas indecisões que isso traz.

....

Então, mas que mulher eu sou?

A mulher dos cabelos claros que espelham o sol.
A mulher dos olhos verdes da esperança.
A mulher criança na parvoíce de uma atitude.
A mulher do sorriso sincero e doce, carregado de simplicidade.
A mulher das curvas exageradas e adelgaçadas por calorias a mais.
A mulher do toque, num dual de braços que escondem o encantador fascínio pela simbologia de um abraço.
A mulher de tanta roupa e nada para vestir.
A mulher cinderela que deforma os sapatos pelo errado colocar de pés.
A mulher do TPM e dos dias insuportáveis.
A mulher do "por-tudo-e-por-nada".
A mulher dos pormenores.
A mulher das datas especiais que marcam os momentos.
A mulher gaja que também fofoca.
A mulher fútil que se perdem por banalidades.
A mulher chata que reclama atenção.
A mulher mimalha que se perde por um carinho mais doce.
A mulher da converseta pegada.
A mulher dos melhores amigos do mundo.
A mulher do cafe e do seu sabor deliciosamente bom.
A mulher companhia e amparo.

....

A mulher imperfeita na perfeição de o ser e adorar.

O dia é nosso. E tu que mulher és?

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